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terça-feira, 14 de setembro de 2010

BANHOS DE ERVAS


Os banhos de ervas vêm dos tempos primórdios e da utilização das plantas, tanto é que, os próprios animais quando apresentam alguma enfermidade buscam ervas para auto-tratamento. Também o ser humano assim o fez desde sempre.

É certo que as doenças sempre existiram e que ao longo do tempo foram sendo divididas em outras tantas. É certo que a alopatia (medicina convencional) não nasceu com o primeiro habitar do planeta e desta forma como seres primórdios curavam suas doenças senão pela utilização das ervas existentes? Partindo deste raciocínio há de se concluir que as plantas sempre acompanharam o ser humano seja na sua alimentação ou no tratamento de suas doenças.

Sabe-se também, através de historiadores, que nas religiões afras, as plantas foram inseridas em todo o seu processo histórico. Baseando-se neste conhecimento têm-se a idéia da dimensão da importância de todas as plantas. É impossível que ainda hoje as criaturas humanas não valorizem o poder das ervas.

As ervas possuem inúmeras utilidades dentro e fora de uma casa de santo, mas é preciso que o sacerdote saiba utilizá-las corretamente. O ato de colher as ervas tem certos princípios: pedir licença a Ossaim a divindade das plantas medicinais e litúrgicas, colher sempre durante o dia, pois folhas colhidas à noite para o ritual são perigosas e requer conhecimento. O momento de macerar as folhas dentro de uma casa de santo é de muito respeito, pois elas são sagradas. É com as ervas maceradas que o médium tomará o banho para se purificar. É uma consagração dentro do ritual. É com as ervas que lavamos nossas guias e objetos a serem utilizados dentro da casa de santo. Todas as folhas têm poder, mas existem aquelas que podem ser utilizadas nos rituais e folhas que não podem. O sumo das folhas também é chamado de sangue das folhas e é um dos axés muito poderosos.

As folhas, com seus elementos vitais, trazem a essência para o crescimento espiritual. Cada elemento é atribuído a determinada natureza de acordo com a essência de cada Orixá. Sem os rituais das ervas não se realizaria o mínimo trabalho dentro de uma casa de santo.


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